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terça-feira, 16 de outubro de 2012

Norte do Paraguai possui fósseis dos primeiros animais com esqueleto que já existiram

O Paraguai tem uma região que tem sido considerada como uma verdadeira “mina de ouro da paleontologia”.

Nos arredores de Puerto Vallemí, um povoado com 9 mil moradores no norte do País, o geólogo brasileiro Lucas Warren explorou as escavações de uma fábrica de cimento e, nelas, descobriu pequenas estruturas alongadas, que medem cerca de 1 cm de comprimento e são muito semelhantes a minhocas. Essas pequenas marcas nas rochas que hoje são estudadas no Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (USP) são extremamente raras e encontradas em poucas regiões do mundo, sendo fósseis dos primeiros seres vivos com esqueleto que surgiram no planeta Terra.
De acordo com a revista Pesquisa FAPESP, o geológo estima que esses animais viveram há 550 milhões de anos e, atualmente, o pesquisador Eric Tohver, que colabora com a pesquisa, tenta estimar a idade das rochas e dos fósseis de maneira mais precisa. Se a idade for confirmada, esses fósseis estarão entre os mais antigos do mundo, ao lado de outros encontrados na Namíbia e na China.

Espécies viviam ancoradas no fundo do mar
De acordo com o artigo, as formas de vida encontradas viviam no fundo mar, ancoradas em sedimentos de uma espécie de “tapete” de cianobactérias, responsáveis por transformar o gás carbônico da água em carbonato de cálcio, a matéria prima do esqueleto desses organismos.

A maior parte dos fósseis encontrados pertece a dois gêneros de animais: Corumbella e Cloudina. Os primeiros foram catalogados três décadas atrás e são encontrados em pouquíssimos lugares. Por enquanto, amostras desses organismos haviam sido recolhidas apenas em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, e na Califórnia, Estados Unidos. Os exemplares de Cloudinas teriam vivido em mais lugares, já tendo sido identificados em mais de 10 países.






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